domingo, 17 de fevereiro de 2013

o alienígena

Um jogo de xadrez no Pasadena Art Museum durante a primeira
grande retrospectiva de Marcel Duchamp, 1963. Foto: Julian Wasser
Depois de uma sexta feira insana - mas feliz: finalmente você entregou seu trabalho -  foi ao centro pela manhã, deixou sua cópia impressa e sobreviveu à enchente na constantino nery. descanse. durma a tarde inteira, vá a todos os aniversários à noite e durma razoavelmente cedo.

Se você conseguir acordar num horário digno no sábado, arrume seus livros e cópias (arg!), você finalizou uma etapa! ou acha que finalizou... mas isso não importa... curta seu momento.

fique gatinha (mesmo numa manhã de sábado) e vá ao sebo mais simpático de Manaus: O alienígena (Rua Lima Bacury - ao lado do banco Itaú da Getúlio Vargas - nº 64-C, Centro, Manaus, BR - fone: 9116-6775/9379-1007) o endereço parece complicado, mas não é. 

Lá eu encontrei um achado! uma entrevista de Pierre Cabanne com Marcel Duchamp (o velhinho da foto, jogando xadrez) por apenas 10,00! gente, saraiva nunca mais... aqueles preços são abusivos, sem contar os meus surtos psicóticos com aquele shopping... o estacionamento fede à algo inflamável que eu não sei identificar, tem incontáveis infiltrações... oremos para que não siga o caminho de osasco. 

parafraseando nossa querida regina duarte, eu tenho medo. 


suas obras mais comentadas, voltando ao duchamp, são "roda de bicicleta, 1951" e "fonte mictório 1917", por ter sido considerado um gesto anti arte.



achei um parágrafo interessante na primeira parte da entrevista:

Pierre Cabanne: Estamos em 1966, daqui alguns meses você terá oitenta anos... quando olha para toda a sua vida, atrás de você, qual o seu maior motivo de satisfação?

Marcel Duchamp: Primeiro ter tido sorte. Porque, na verdade, nunca trabalhei para sobreviver. Considero trabalhar para sobreviver um pouco imbecil do ponto de vista econômico. Espero que algum dia possamos viver sem sermos obrigados a trabalhar. Graças a minha sorte, passei pela chuva sem me molhar. Compreendi, em dado momento, que não precisava embaraçar a vida com tanto peso, tantas coisas a fazer, tais como esposa, filhos, uma casa de campo, um automóvel. E eu entendi tudo isso, felizmente bem cedo. Isto me permitiu viver solteiro por um longo tempo, com as vantagens que não teria, se tivesse que enfrentar as dificuldades normais da vida (...) a pintura não foi um escape pra mim, ou um desejo imperioso de me exprimir. Nunca tive este tipo de necessidade de desenhar pela manhã, à tarde, o tempo todo, fazer croquis etc. Não posso dizer mais nada. Não tenho remorsos.

Esse carinha sabia das coisas... 

se você tiver um tocador de vinil em casa... melhor, se for uma pessoa old schoolirá se amarrar no acervo deste sebo, sem contar os sons que você pode descobrir que existem só ficando de bobeira por lá, vez ou outra você vai querer levar um cd... 

no segundo piso, rola umas peças (!!!) só não sei ao certo os horário... achei no facebook! 

segundo o proprietário, jorge bandeira:

"A MOSTRA OFF CARNAVAL PROSSEGUE EM TODO FEVEREIRO, DE QUARTA A SEXTA, 20H LÁ NO O ALIENÍGENA."



amei. 

vou bem ali assistir uma peça e já volto: de graça e no domingo (!!!!!) 

obrigada manaus.









Um comentário:

  1. Valeu por este post em seu blog Natasha...serás sempre bem-vinda nesta nailouca d'O Alienígena. Sobre as peças que acontecem: MOSTRA DE TEATRO OFF CARNAVAL, de quarta a sexta, sempre às 20:00h, ingressos limitados - 18 espectadores (10 reais a meia). A peça de Quarta é dirigida por mim, PSICOSE MAGAIVER 2.0. A classificação do trabalho é 18 anos. A duração é de 50 minutos. É isso. Valeu! Jorge Bandeira

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