domingo, 30 de abril de 2023

Ano novo

Hoje é o último dia de abril de 2023. Acordei tarde, enrolei pra levantar, decidi ler um dos livros que a tia Jane me enviou pela tia Rama. O título do livro é "Organize-se num minuto: 500 dicas para pôr ordem em sua vida". Achei divertido começar a ler esse livro com a casa virada do avesso. Fui até a página 180 e resolvi ouvir quais seriam as boas novas astrológicas para o mês de maio. Assisti atenta à uns quatro vídeos e fiz um resumo escrito e mental sobre o que foi dito. Em linhas gerais, será um mês bem desanimador, vou estar cansada, exausta e com dificuldades de comunicação em grupo. Disseram também que é para eu ficar em silêncio, mesmo sabendo que algo de ruim pode acontecer à terceiros. Que é para eu evitar bater de frente, pois será um período de avaliação e espera. Apesar do roteiro desanimador, teve uma parte interessante. Foi pedido que eu me aprofundasse e explorasse as minhas raízes, que soltasse o controle sobre as coisas e me "rendesse à jornada". Para o amor não veio nada, achei um horror. Geralmente vem algo sobre fogo ou terra no meio dos avisos e cuidados, mas dessa vez não veio nada, nada. No último vídeo, meio aleatório e um pouco mais cristão, havia um aviso crítico: Deus está me protegendo e vai me dar um livramento duplo. 

Embaixo da minha cama organizei algumas sacolas com roupas de frio para aliviar um pouco o meu guarda roupa durante o verão. Sempre tenho a impressão que tenho roupas sobrando, ou algumas que não uso que não precisavam mais estar ali. Essa época do ano é considerado outono em São Paulo. Tirei as duas sacolas com roupas um pouco mais quentinhas debaixo da cama e separei o que iria lavar e o que iria doar. 

Enquanto escrevo aqui, maio chegou. Bebo um chá de capim santo e mangarataia na minha caneca vermelha que diz assim "cem anos de história e memória". É da Pinacoteca. Fui verificar em que ano ela foi fundada: 1905. Comprei a caneca há 18 anos atrás, em 2005. Não faz sentido, não lembro de ter vindo em são paulo em 2005. Talvez tenha comprado em 2007,  e talvez tivesse essa caneca comemorativa de ponta de estoque... não sei. 

Decidi voltar a escrever para treinar a escrita, mas também pra observar a maneira que tenho entendido o meu mundo. Talvez tenha entrado num fluxo um pouco sombrio que me assustou. 

Levantei, lavei o cabelo, a louça, as roupa claras, o chão da cozinha e o banheiro. Ontem manchei meu sofá lindinho de sangue, fiquei bem triste. Na tentativa de limpar ficou pior. Fiz uma mancha branca com a água sanitária. Quase chorei. Com a ajuda de uma tesoura, consegui tirar a capa, aproveitei e coloquei tudo na máquina de lavar, deixei de molho algumas horas. A estrutura dele com madeiras e almofadas claras, me permite fazer essas trocas sem danificá-lo. Tô bem satisfeita, posso virar ele do avesso. Queria que a mamãe estivesse aqui, acho que um apoio moral. As manchinhas de gordura e vinho que tinham nele e uma leve poeira acumalada nas extremidades, sumiram. As capas estão secando, vai ficar novinho e limpinho. Gostei. 

Minha geleira tá vazia. Tem um potinho de geleia de morando bem gostoso, alguns ovos, a metade de uma cebola roxa na lateral, alguns molhos que eu nunca uso. Um restinho de tapioca e farinha do uarini que a tia Rama trouxe, e uma batata doce na gaveta debaixo meio murcha. Ainda tenho feijão preto, lentilha, um macarrão de beterrada que eu ainda não provei, mil quilos de capim santo e um restinho de milho pra pipoca. Queria castanha de caju, as vezes eu acho que gosto mais delas do que a castanha normal. Não sei se o supermercado abre amanhã, mas fiz uma lista de compras: frango, cenoura, batata, alho, calabresa, cebola branca, tomate, escova e pasta de dentes, banana. 

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