domingo, 3 de fevereiro de 2013

django e fanon


antes de apresentar o Fanon é interessante você ouvir a trilha sonora de django... ela vai te ajudar a entrar no clima. se Tarantino não leu esse cara pra escrever seus filmes, mudo de nome! a saber: a história de django é real.

100 black confins:




ao participar de uma disciplina, cujo grupo privilegia estudos quilombolas na amazônia, ouvi pela primeira vez comentários ansiosos sobre o filme (django) e citações entusiasmadas sobre o autor (frantz fanon). ao ter acesso aos dois, não foi difícil fazer uma associação...

vamos aos dados gerais do convidado:

Frantz Fanon (1925-1961) foi psiquiatra, escritor e ensaísta, nasceu na martinica, é de descendência africana. influente pensador do século XX relacionado aos temas de descolonização e psicopatologia da colonização. Suas obras foram inspiradas nos movimentos de libertação anti-coloniais por mais de quatro décadas. Esteve na argélia onde trabalhou como médico psiquiatra no hospital do exército francês e neste hospital testemunhou as atrocidades da guerra de libertação da então colônia francesa, comandada principalmente pelo partido socialista argelino da Frente de Libertação Nacional da qual fez parte. 

as obras publicadas foram:

1 pele negra, máscaras brancas (1952);
2 l´an v de la révolution algérienne (1959);
3 os condenados da terra (1961);
4 pela revolução africana (1964);

O que mais intriga no Fanon é ele afirmar que as únicas formas de libertação dos "escravizados-colonizados" seriam através da violência, da afirmação da identidade e da luta de classes. a violência seria praticamente uma recomendação política. 

"esta violência transforma a psicologia social, a cultura política, daqueles que foram colonizados." e é essa transformação que você vê nos atores do filme ao longo da narrativa... emociona. 

Apesar de ter morrido muito jovem por leucemia (Fanon), soube da formação dos "panteras negras" e ficou alucinado por este movimento: 


em linhas gerais, foi um partido negro revolucionário (EUA - 1966), talvez marxista, cujos líderes huey Newton e bobby seale tinham a proposta de defender o fornecimento de armas a todos os negros. os militantes desse grupo revolucionário pediam ainda a libertação de todos os negros das penitenciárias americanas e o pagamento de indenizações às famílias negras pelo período da escravidão. (fonte: algum lugar da internet)
gostei muito do filme, longe de fazer análises profundas sobre quentin jerome tarantino, arrisco dizer que ele é um cara criativo e legal. quanto ao fanon... vez ou outra penso nessas questões que ele propõe... num mundo de apologias à submissão, às vezes chutar o balde pode ser transformador... bom pra pensar.
Baixe agora toda a trilha sonora do filme e ouça mil vezes, é de pirar...




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