*título inspirado numa conversa.
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| corredores da UFAM |
o estágio docente é quando você cria aquela expectativa de se tornar um professor universitário de uma UNIVERSIDADE PÚBLICA, gato, estiloso, simpático, espirituoso, inteligente, viajado, poliglota, moderno, da balada, evitando ser "erudito - pedante - chato". coerente e respeitado está de bom tamanho.
dentre outras coisas, você resolve seguir carreira planejando executar uma metodologia que você copiou de todos os professores que admirou por uma fração de segundos.
nesta condição de estágio, você será o severino do seu estimado professor. será importante ao longo desta empreitada de comprar garrafinhas de água, tirar xerox e aplicar provas, colocar a leitura em dia dos textos trabalhados em sala de aula. vez ou outra você será "convidado" a falar para os neófitos. (sim, você ficará um pouco arrogante)
prometa a si mesmo ler todos os textos e não chegar atrasado naquela segunda feira pela manhã ¬¬. pega muito mal. além disso, procure usar aqueles vestidos de pano de calcinha estilosos e poucos sensuais, adicione acessórios de sementes, pulseiras étnicas e unhas coloridas. todos precisam pensar que você se diverte muito e é feliz fazendo mestrado...
No dia que o professor viajar e precisar de você para aplicar uma prova ou ministrar uma aula, finja que está tudo bem, não fique nervoso, nem pense em sumir do universo naquela ocasião. a sua timidez terá de ser convidada a se retirar daqueles poucos metros quadrados assustadores.
No fim das contas, você verá que aquelas pessoas tem uma certa simpatia por você e até te respeitam na medida do possível. volte pra casa cansada e feliz falando aos quatro ventos (seus pais) que você sobreviveu arrasou na sala de aula, naquelas horas infinitas de pura tensão e nervosismo.
Esse texto me faz lembrar o Ethan Hawke no filme; Dia de Treinamento, claro que de maneira mais levinha...No final se eu fosse ilustrar texto, seria como aquela música dos Los Hermanos, não tanto pela poesia dela, mas, pelo instrumental tenso e pelo título...Fingi na hora de rir. "Mesmo sendo professor hei de vencer..." Adesivo popular nos anos 80 (90), (2000), (3000)...
ResponderExcluirdepois do último show desta banda oportunista (diga-me qual não é?) na "arena amadeu texeira" com todos os maus tratos que um fã poderia sofrer, criei asco (talvez passe) pela banda.
Excluirpelo seu comentário sinto que minha escrita está ruim e o quanto devo melhorar. queria que tivesse o aspecto de um "relato de uma experiência" ou com mais ambição "a etnografia de uma experiência", mas está muito aquém. tenho horror aos ideais "... hei de vencer", "meu sonho" e blá, blá, blá.
talvez nossas intenções tenham sido distintas, mas foram o que elas proporcionaram refletir não é mesmo?
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Você escreve perfeitamente, entendi o texto o contexto de qualquer forma existe dois lados do que fazemos, o bom (engraçado) e o ruim, eu preferir enfatizar o negativo. Sua fala me lembra o Marcelo Camelo: "Eu que já não quero mais ser um vencedor...levo a vida devagar para não faltar Amor". Pena que nem toda banda oportunista tenha a qualidade deles e agora até lugar apropriado não tem pra tocar em Manaus
ResponderExcluirainda não me recuperei da mágoa daquele evento e até hoje não entendo qual o fundamento de fazer show naquele espaço ridículo! (preço de locação?) não entendo nada de "qualidade de som" mas é latente que aquilo ali transforma qualquer ruído numa porcaria. sem contar o calor insuportável, até pra uma nativa de manaus como eu.
Excluirtem lugar apropriado sim! qualquer espaço aberto já seria um lugar apropriado, até mesmo o "distante studio 5".
Odeio Los Hermanos pelo simples fato de não entender uma grama do que o Marcelo Camello canta. Se com todo o problema de dicção dele ainda faz tanto sucesso como cantor. Até eu posso fazer sucesso como professora. Pronto. Falei.
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