domingo, 30 de junho de 2013

MASSACRE EM CORUMBIARA (RO), você não soube?

(   ) sim
(   ) vi no fantástico, mas esqueci
(   ) índio só atrapalha o desenvolvimento do país, passo
(   ) não


Não é de hoje que a sua obsessão por documentários tem aumentado a cada dia.

No evento maravilhoso que participei, MIRA! Artes visuais contemporânea dos Povos Indígenas, tive a oportunidade de assistir pela primeira vez o documentário Corumbiara, dirigido pelo cineasta Vincent Carelli, criador do projeto vídeo nas aldeias.

Neste momento há dois marcos divisores na minha vida. O primeiro foi quando vi Iracema: uma transa amazônica.




"Iracema - uma transa amazônica é um filme teuto-franco-brasileiro de 1976, do gênero drama documental, dirigido por Jorge Bodanzky e Orlando Senna. O filme esteve proibido no país desde o seu lançamento e só foi lançado oficialmente no Brasil em 1981. É a história do impacto nas populações da selva amazônica provocado pela rodovia Transamazônica." (wiki)

E agora, depois que vi Corumbiara.

Faça um favor a você, a mim, ao país, à humanidade...

VEJA ESSE DOCUMENTÁRIO e se você tiver qualquer tipo de escrúpulos, se pergunte o que você tem feito para corroborar/mudar esses crimes absurdos que vem ocorrendo há anos no país, sem uma manifestação, UMA (!!!!) ao menos pela memória dessas pessoas que morreram, eu não tenho coragem nem de falar em investigação, sem soar hipócrita.


trailer:



documentário completo : CORUMBIARA

Trinidad, Cuba

Acostume-se com sua vida de Chicó, os contrastes farão parte dessa emocionante odisseia.
Saindo, com pesar, de Cayo Guilhermo e voltando para Camaguey, vocês resolvem emendar pela Via Azul a Trinidad.



Pegue a guagua (ônibus) as 2:00 da manhã... frio, fome e sono te acompanharão ao longo da madrugada. Aproveite para dormir, você acordará na cidade colonial, linda e fofa, Trinidad.

A todo instante, esse país te surpreende... fico pensando: como uma simples decisão de parcelar poucos reais em 5x e alguns meses não-gastos-com-besteiras... pode te proporcionar uma experiência incrível.

Quando você chega na estação de ônibus Trinidad, você dá de cara com um coletivo de prédios/casas coloniais LINDAS!!!!

Antes de tudo, contrate um bicitáxi para carregar suas coisas, você é uma fraude como mochileira... se esforce na próxima cidade.

Em 1988, quando o Brasil estava engatinhando com a atual Constituição Federal, a UNESCO tombou a cidade inteira como patrimônio cultural da humanidade... era de se esperar.

Depois de negociar (ufa!) com o dono da "casa particular" e descansar o corpinho cansado, você começa a ficar deslumbrado com todas aquelas casas da idade do descobrimento do seu país! todas pintadinhas e levemente restauradas... um amor.

casa particular Ricardo Leon

A música, o cheiro de charuto, os carros e as comidas com toda sorte de temperos... também fazem parte da paisagem da cidade.






Nas feiras de artesanato, você vai se derreter com os trabalhos manuais e com o vestido mais fofo do mundo que você comprou para sua afilhada gatinha linda que a madrinha ama.

Esse corredor é uma das feirinhas... :)
É frequente você observar umas senhorinhas, nas suas casas, com aquelas máquinas de costura fazendo essas coisinhas lindas! (se diminutivo é carinho, ele vai rolar solto nesse texto! hahahah)

Depois de torrar seus poucos CUC´s com artesanías, decida revender charutos em Manaus. Você irá fazer fortuna com aquelas folhas chiquérrimas que dão câncer na boca (esqueça os de disfunção eréctil, não venderia).



Fumar charuto, além de resplandecer poder ao deter esta maravilha entre os dedos... você fica toda trabalhada na revolução! luxo! Fique com o seu projeto de "fumar com charme" a tira colo, caso você sufoque com a fumaça... ¬¬ nada de amadorismo! Ernesto Guevara, ficaria orgulhoso.


Falando nesse argentino charmosíssimo, você descobre que nada é tão viril num homem, quanto um sorriso contagiante, personalidade, barba-mal-feita-na-medida e acima de tudo, rebelde COM causa. morri gente! quem resiste?

Ser primeira dama da revolução cubana te daria um prestígio inigualável... diga que você aprendeu a atirar em pistola automática na academia de polícia civil (sim! você fez!) recentemente e que dar uns tirinhos de metralhadora (?) seria fichinha... vai que... né? é muita sedução minha gente!

Depois que você superou (quase) o deslumbre de Cayo Guilhermo, aquele paraíso do seu amigo Hemingway, eis que você ainda pode ser surpreendida! esse país é impressionante!

A "casa particular" que você alugou tem um terraço estratégico que te permite admirar a cidade inteira (!!!) numa cadeira de balanço, curtindo um pôr-do-sol... deixando Trinidad, que é rodeada de montanhas... - sim, a cidade fica num "vale" de frente pro mar - toda dourada... espetáculo total!

Casa particular do Ricardo Leon.

Trinidad, maio de 2013 (estava sem máquina na hora do pôr-do-sol).

Estou escrevendo esse texto agora*, entre suspiros e uma admiração absurda por esse lugar... tenho muita sorte, sério.

Conclusão: depois de um tempo, depois de todos te criticarem por você não ter dinheiro, ser bolsista, por ser "eternamente" estudante, não fazer concurso, inventar de viajar dez maravilhosos dias as vésperas da sua qualificação... você agradece aos céus por nunca ter sentido um trisquinho de culpa e ter a certeza de que é esse o caminho que você quer na vida.

Há quem resolva esperar pela aposentadoria... eu tenho vocação pra ser feliz hoje!
Só não esqueça de fazer suas escolhas em baixa temporada... faz toda diferença, acredite.

*19.05.13









INHOTIM: uma praga adorável



No dia em que eu morrer, não quero rios de leite e mel, muito menos as várias virgens que Osama encontrou (se é que ele se foi), eu quero que o meu céu seja o Inhotim.

Desde sempre, seus amigos te zoam dizendo que você quer transformar a cidade no mundo dos teletubbies. De certa forma eles tem razão, mas com algumas ressalvas.


Poderia ser mais arborizado... esses montinhos de florzinha não convencem... eu estou falando de árvores com COPAS FRONDOSAS, estilo mangueira. Chega de desculpinhas esfarrapadas de "vai quebrar a calçada, sujar as ruas, danificar o fio", na atual conjuntura, até as coitadas são acusadas de vandalismo.

Depois despejo toda a minha amargura sobre Manaus e seu ódio pelas árvores e florestas... mas não hoje.

Burle Marx, suspiros, assim... é um cara pra casar!

Burle Marx: apele para a beleza interior.

Jardinagem e paisagismo correm nas suas veias... e digo mais! estudos científicos e legitimados pela torre de marfim comunidade acadêmica comprovaram que o meio ambiente interage com a gente. dica: cerque-se de coisas boas.

Longe de fazer com que minha fala faça parte de discursos do determinismo geográfico que estigmatizam até hoje minha cidade e a sua população (presente!), eu estou falando daquela frescura chamada bem estar.

INHOTIM: jardinagem, paisagismo e arte contemporânea...  pinto no lixo me define.

"O Instituto Inhotim foi idealizado pelo empresário Bernardo Paz (poooodre de rico) em meados da década de 1980. Em 1984, o local recebeu a visita do renomado paisagista Roberto Burle Marx, que apresentou algumas sugestões e colaborações para os jardins. Desde então, o projeto paisagístico cresceu e passou por várias modificações."

Bem que que o Eike Batista poderia parar de encher o saco e fazer vários Inhotins também... dá dinheiro minha gente!


Voltando ao Inhotim,






















É tudo tão incrível, tão impressionante, que eu achei por muitos momentos, que estava entre os Umpa Lumpas.



Depois de querer imitar todas aquelas combinações de plantas, de querer roubar uma espécie de cada e tentar planejar nos poucos metros quadrados do seu quintal todo inspirado no seu ídolo Burle Marx, você dá de cara com uma imagem que te faz refletir outras coisas:



Esse lugar é fake.

Ok, você sabia, aquelas obras faraônicas não brotaram do chão, mas o jardim te hipnotizou e você esqueceu rapidinho... sério.

Fiquei pensando na biodiversidade daquelas 100 ha (1.000.000 de m2) sonhados por Bernardo Paz... tem animais por ali? não vi. e os insetos? e toda aquela "biodinâmica" pré-existente... pra onde foi? daí você se dá conta que aquele lugar pode ter sido abusivamente/absurdamente violentado...  preocupei.

TUDO foi fabricado por alí, até o barulho da maria fumaça de Brumadinho, eu achei que era de mentira.

Tá certo que até a floresta amazônica não é intocada... aliás, este termo está em desuso faz tempo... os vestígios arqueológicos comprovam que todo aquele verdaral que você vê do avião, foi minuciosamente plantado por populações que você insiste em expulsar dalí para plantar soja e criar gado... não sou contra às intervenções, mas acho que os impactos devem ser avaliados com minúcia...

Inhotim é intrigante,
até hoje penso sobre esse lugar.

A saber: continuo vítima da praga, adorável, de Burle Marx.

DESMATAMENTO: sua companhia para escrever, desenhar e pintar.


Numa manhã de despedida, estava na estrada do Turismo observando a paisagem e avistei uma fábrica da faber-castell.

Em Manaus?

Naquele instante, um mundo de cores se abriu pra você... aquela música do Toquinho começou a tocar na sua cabeça... fez lembrar de quando você era criança e das festinhas de aniversário que sempre rolava um palhaço fazendo mímica e interpretando tão linda melodia.


Numa fração de segundos, todo esse momento mágico se esvaiu, você lembrou qual a matéria prima daquele lindo lápis de cor.

Implantar uma fábrica da Faber Castell na Amazônia foi uma ideia de gênio!


Há quem acredite nesse conto da carochinha:

Since 1761

"Ela já tem 246 anos de vida, é a maior fabricante de lápis do mundo e detém a liderança absoluta do mercado no Brasil, mas não está satisfeita. Preocupada com o meio ambiente, e também com o futuro de sua principal matéria- prima, a madeira, a Faber-Castell vem investindo pesado em ações ambientais nos últimos anos, o que já vem lhe rendendo bons frutos. A empresa, que consome anualmente mais de 100 mil toneladas de madeira, hoje já consegue, através de seu programa de reflorestamento, ser auto-suficiente e ainda formar um estoque respeitável para os próximos anos." (grifos meus)

oremos.

clandestino



sempre ele,
música é cura.




terça-feira, 25 de junho de 2013

injustiça: jamais fomos modernos.




não, eu não vou falar da taxa do ônibus, nem da saúde, nem da educação, nem da PEC 37 que está sendo discutida agora, a saber:

Proposta de Emenda Constitucional 37/2011. Se aprovada, o poder de investigação criminal seria exclusivo das polícias federal e civis, retirando esta atribuição de alguns órgãos e, sobretudo, do Ministério Público (MP).

A PEC 37 sugere incluir um novo parágrafo ao Artigo 144 da Constituição Federal, que trata da Segurança Pública. O item adicional traria a seguinte redação: "A apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo, incumbem privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente".

Neste exato momento ela foi negada.

Neste exato momento meu avô está doente... está internado num hospital público "Francisca Mendes" e seu prontuário não o acompanhou como deveria. Ao sair do "João Lúcio", uma medicação essencial foi "esquecida", por pura negligencia médica.

também não vou falar que ele passou dias com dores absurdas e que seu quadro foi piorado em função desse esquecimento...

não digo, que tive a experiência espiritual mais incrível esses dias e passei a confiar mais nas pessoas, inclusive nos pilotos de avião... nem que passei a baixar editais de doutorado concorridíssimos e me trancafiar em bibliotecas.

nem que estou torcendo muito pro professor de francês considerar minhas faltas e aceitar que eu faça aquela prova... Je ne renonce pas!

eu estou às vésperas da minha qualificação e a encruzilhada de pensamentos me acompanha... definitivamente, o mundo não foi separado e eu jamais fui moderna.

o pós (pré) trabalho de campo para um neófito em antropologia, é o momento de você abdicar da vida para refletir e digerir o seu material que foi coletado, que não foi pouco: ainda bem.

e cá estou eu, mergulhada em transcrições e leituras... obviamente, lutando diariamente contra a procrastinação inerente de uma internauta enlouquecida.

à minha defesa, digo que farei protestos sim, na minha escrita, pensamentos e argumentações.

esse foi o meu pedido de desculpas públicas aos meus não´s continuados dessa semana.

um beijo a todos,

volto ao meu cativeiro.

sábado, 22 de junho de 2013

pintura corporal indígena


Lévi-Strauss sobre a pintura Kadiwéu:

Envolve, além do valor decorativo, um elemento sutil de sadismo que explica, ao menos em parte, por que o apelo erótico das mulheres kadiwéu (expresso nas pinturas e por elas traduzido) atraía outrora para as margens do rio Paraguai os fora-da-lei e os caçadores de aventura. Vários deles, hoje envelhecidos e instalados maritalmente entre os indígenas, descreveram-me, palpitantes, os corpos de adolescentes nuas completamente cobertos de teias e arabescos de uma sutileza perversa. (LÉVI-STRAUSS. O desdobramento da representação nas artes da Ásia e da América. In:Antropologia Estrutural II.p. 273, 1958)


Este parágrafo foi citado e comentado pela autora Dorothea Voegeli Passeti (2008) no livro “Lévi-Strauss, antropologia e arte minúsculo, incomensurável” da  seguinte forma:

Todo antigo entusiasmo desaparece, como se as “mulheres com pose de ídolos” agora fossem reduzidas a perversas conquistadoras de homens, aguçando o gosto sádico de aventureiros e criminosos através de um artifício aparentemente mutilador de seus próprios corpos.

Lévi-Strauss adverte, do primeiro ao último parágrafo desse artigo, que a arte primitiva deve ser analisada através de métodos cada vez mais científicos. Se o erotismo da pintura kadiwéu lhe parecia algo inexplicável pelo desejo masculino, agora recebe um tratamento objetivo e racional: a deformação artificial do rosto pela pintura, substituindo uma cirurgia impossível e inacabável, produz um efeito sádico, como se, de fato, o rosto ficasse mutilado. O argumento parece se aproximar, perigosamente, daquele dos primeiros missionários. (PASSETI, 2008, p. 155)


Ignore essa discussão de Claude e Dorothea,
na dúvida, cubra-se dessa "sutileza perversa" do qual suspirava Lévi-Strauss...

pintura corporal, espiritualidade, sexualidade. não necessariamente nessa ordem.

escolha uma para chamar de sua... recomendo muito.



quinta-feira, 20 de junho de 2013

Pai, afasta de mim esse cálice


Estar diante de situações complexas, ainda que seja absurdamente inspiradoras, me paralisa, preciso de tempo pra processar.

Acho uma imensa picaretagem dar uma opinião sucinta, classificatória, que reduz o fenômeno à uma mera opinião sem fundamentação ou respeito diante de algo que você não entende muito bem o que acontece.

Assumir as suas limitações é o primeiro passo.

Fui a manifestação que aconteceu no dia dezessete de junho em Belo Horizonte, tirei fotos, pena que o instagram não estava funcionando, conversei com manifestantes e policiais, levantei cartaz “demarcações de terras indígenas já” e gritei umas quatro frases de efeito em coro.

No meio dessa experiência política-sinestésica, ouvi um estrondo que mesmo que tenha sido um peido de velha de festa junina, fiquei com aquele barulho na mente... poderia ser uma bomba.

Ensaiei umas rotas de fuga e evitei ficar próxima de grades... ser esmagada num momento histórico desses e não me exibir para as futuras gerações estava fora de cogitação.

Tive medo, orgulho e um sentimento utópico gigante de mudança iminente.

Vi no facebook um gracejo:

"Se seu filho vai às ruas, porque na rede social (facebook) foi combinado um protesto, antes dele sair, indague-o:

O que é corrupção? O que são obras paradas do PAC? O que é o escândalo da Rosemary? O que foi e ainda é o mensalão? Qual foi gasto para a reforma e construção dos estádios? O que é infra-estrutura deficiente? O que é a PEC 37? O que é o escândalo da refinaria da Petrobrás? O que é o estatuto do nascituro? Qual o preço de um plano de saúde? Quanto tempo leva a marcação de uma consulta no SUS? E uma cirurgia? Para que servem médicos cubanos?
Se ele responder pelo menos 60% destas perguntas, ainda que quase corretas, coloque nele um capacete, um óculos de proteção e dê-lhe um vidro de vinagre para os olhos, próprios e alheios. Diga para ele não quebrar nada e se afastar do corpo-a-corpo com a polícia. Correr só se der tempo. Se preso, deitar e não resistir.
Agora, se ele nada souber sobre tudo que for perguntado, mas achar que é legal protestar, prenda-o em casa, porque é melhor a repressão familiar do que a borracha corretiva dada à um ignorante alienado. Diga a ele para ler mais, ainda que no Google e na Wikipédia.
Sugira a ele ouvir, de vez em quando, o Trueoutspeak. Soletre para ele, que na internet (google) ele vai achar o link."


Ri, gostei.

Mas faço algumas ressalvas:

Ainda que muitos não entendam o seu símbolo favorito:




ainda que façam interpretações apressadas, ainda que muitos pensem ser apenas divertido encontrar os amigos e achar que se trata de um baile de máscaras,



ainda que você queira, finalmente, usar aquelas frases lindas do Chico e apresentar as suas fotos no facebook todas em preto e branco pra entrar no clima...


ainda que você sinta um imenso pesar de você não ter colocado na mochila aquela sua camiseta do MST que você ganhou naquela passeata da Venezuela, ainda sim, vá.



Caminhar pelas ruas e perceber que em cada esquina, e sei que em todas as casas, as pessoas dedicaram alguns minutos da sua vida para se questionar por que raios o hospital tá uma merda e as obras do estádio vai de vento em polpa... refletir minimamente, pra onde o país, está caminhando... escrever alguns parágrafos raivosos do alto da sua cadeira no facebook, e criticar o sistema educacional do pais... é lindo de ver e sentir.

Penso que toda essa “representação performática” de pessoas ditas “não politizadas” tenha valido a pena.

Aos mentirosos, falsos, alienados, fúteis e baderneiros, principalmente aos baderneiros,


O meu muito obrigada.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

doze de junho



Querido Santo Antônio*,

por que você nunca casou?

beijo,

Natasha.


*É considerado padroeiro dos amputados, dos animais, dos estéreis, dos barqueiros, dos velhos, das grávidas, dos pescadores, agricultores, viajantes e marinheiros; dos cavalos e burros; dos pobres e dos oprimidos; é padroeiro de Portugal, e é invocado para achar-se coisas perdidas, para conceber-se filhos, para evitar naufrágios, para conseguir casamento. (wiki)




segunda-feira, 10 de junho de 2013

GATSBY: tietagem e estreia

eu li o livro.... ¬¬  (1925)

Quando você resolve assistir um filme que foi baseado num livro, sempre tem  um pedante que vai dizer "eu li o livro" e depois do filme ele completa "nossa, bem melhor o livro que o filme". dá vontade de dar um soco, mas se controle, seja elegante e sorria para essa espécie.

Aproveite que tem uma versão baratinha da coleção abril cultural na sua casa, e leia pra se exibir também! esse mundo acadêmico qualquer dia desses te mata.

A primeira versão adaptada para o cinema, foi com Alan Ladd e Betty Field em 1949 (wiki):


Uma outra coisa que tem chamado super atenção, são os modelitos de Daisy ao longo dos três filmes imperdíveis... sofra internamente por você ter uma qualificação agendada pro mês que vêm... :~


Todos os chatos do mundo, lembram dessa versão de 1974 com o, suspiros... ROBERT REDFORD e a coadjuvante mia farrow (hehehe)... você vai concordar... esse cara é um pão!


todas piram no charme do gato,

Redford seduzindo geral

Depois de falar desses ícones do cinema, os galãs e divas em preto e branco que atravessam gerações, eu vou abrir um espaço pra falar de Francis Scott Key Fitzgerald, melhor, um comentário maldoso sobre seu livro famoso.

(Sant Paul/EUA - 1896-1940)
É irônico que, na maioria das mídias que li/vi sobre a estréia do "the great gatsby" levaram em consideração o figurino e acessórios de Deisy e demais personagens, que será absurdamente copiado em todas as lojas de departamento (oremos, rs) que você possa imaginar, novos cortes de cabelo e pinturas também entrarão no rol das inspirações... esqueça o chapéu panamá, leo de caprio lançará moda! acredite...

A organização das festas de Gatsby também estarão presentes em casamentos e formaturas, certeza!

Fitzgerald criticava o consumismo, a hipocrisia, o "sonho americano", ao materialismo sem limites e a "ausência" de moral que, segundo o autor, permeava os ricos de NY em 1922... uma decadência anunciada.

Nos filmes, com todo o apelo ao luxo da década de 20, o desejo é fazer parte do grupo dos "vilões".

nesse sentido, acredito que ler o livro ajuda. você imagina as festas e luxo, mas se mantém firme na proposta do autor... é uma crítica feroz, emocionante, e muito mais próxima da nossa realidade do que você imagina.

reflita.

(...)

Junte-se ao clubinho dos pedantes que-esperam-ansiosamente-pela-versão-rei do titanic e seja feliz.


Não esqueça de dizer que leu o livro.









textos relacionados

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...