Há pessoas que desejam ser respeitadas pelo que leem, outras pelo trabalho... logo que entrei na faculdade, eu queria ser respeitada pelos roqueiros e anarquistas do pedaço... não funcionou.
sem contar que os mais bonitinhos se vestiam de preto e/ou tinham o cabelo comprido.
Natasha era um mix de convento+paty florzinha... as meninas mais legais não me davam trela (anarco-feministas), e os pseudos anarquistas de tênis nike não notavam minha existência.
queria por que queria distinção e atenção, através do que? rock.
Sandy e jr. não dava mais, fui num show escondida que teve no Studio 5, mas a fofoca vazou e lá se foi um trabalho árduo de papo legal com esses futuros amigos... droga!
Eu queria ver por-do-sol em cemitério, ir nos festivais de rock mais comentados, ser amiga do Seta e tietar "olhos imaculados", subir na mesa do tulipa negra e experimentar os ilícitos... mas o meu leque musical não ajudava... estigma é uma coisa séria...
Lembro de um amigo me alertar:
- tu não vai namorar aqueles camisas de iron maiden do ICHL né? só o que faltava!
Quase chorei, tinha um tão bonitinho...
Hardcore era até legalzinho, mas comecei a achar as letras muito machistas... deixei pra lá.
Nessa caminhada longa, lembro de estar num estacionamento qualquer, num dia bem chuvoso e presa esperando a tempestade passar... procurei um cd no porta luvas e achei um "esquecido". vou ouvir.
...
rock de adulto, pensei. oba!
e coroei orgasmatron como a favorita.
heavy metal tem uma coisa sabe?
ele te dá uma energia, uma "sensação de foda-se" necessária impressionante.
Orgasmatron
*
Hoje estou satisfeita com o meu repertório mela cueca/M.P.F.,
mas vez ou outra essas batidas fortes e apressadas são muito bem vindas pra dor de corno e frustração na vida, super funciona.
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