Dia normal, fazendo aquelas comprinhas no carrefour, no DB mais perto ou na taberna do seu Chiquinho, compre um vinho qualquer, pode ser aqueles de R$ 5,00, de R$ 15,00... deixe-os na geladeira com periodicidade. Aproveite e compre uma, com otimismo, duas taças bem bonitas...
Deise, no livro Através do “Mbaraka”: música, dança e xamanismo Guarani analisou gêneros musicais em rituais Guarani, que ela os classificou como "cotidianos"... um estava ligado à guerra (combate) outro à prece (invocação). Neste longo e intenso convívio com os Guarani (1997-1998), gravou e transcreveu cantos e danças analisando a linguagem dos cantos xamânicos...
Você não é Guarani, mas você precisa viver, escrever, ler, transcrever, arrumar seu quarto, seus livros, xerox (arg), sua vida, sua cabeça...
Deise diz que para os Guarani, "a música em seu ritual cotidiano é um caminho a ser percorrido ao encontro dos deuses"... e continua que seguir este caminho, significa "embelezar e fortalecer os corpos, dotando-os de força e de alegria, combatendo a tristeza, pois é de sua responsabilidade essa espécie de treinamento e preparação para vida, o que garante a sobrevivência do grupo e a manutenção da própria Terra, numa ação análoga à desenvolvida pelos deuses".
A música é central na vida Guarani.
bonito né?
Você só quer sobreviver nesse mundo frio e hostil.
Pegue o seu CD recém comprado do "Alaíde Negão", baixe todas as músicas no computador, copie para o seu pen drive que anda sempre com você. decore as letras.
Coloque na faixa nove "bebé" (volume no toco), abra o seu vinho, pegue a sua taça bonita, evite os copos de azeitonas. Passe a organizar seu espaço, seu pensamento, pode ser a louça (ódio), e dance, mas dance MUITO! invente dancinhas esquisitas, são as melhores...
Advirto que esse ritmo é uma DELÍCIA, viciante... o corpo "naturalmente" embeleza, fortalece, alegra... mesmo em estado de guerra ou prece, o conjunto, incrivelmente, te prepara pra vida.
"Vou te procurar
Na beira do mar
Na mesa de um bar
Onde você estiver
Não tenho ciúme
Você roda, é costume
Te mando pra lá e te passam pra cá
Chega, acessa dá-me um rumo, me leva pro teu mundo...faz (faz)
E a cabeça quer mais
Depois de uma breja
Onde quer que esteja
Chega e o que te deixa acessa é o que me faz apagar
Que me faz apagar"
(Davi Escobar e Antonio Vicente)
amei.
essa!
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