quinta-feira, 6 de junho de 2013

Cayo Guilhermo

antes de qualquer coisa:
nenhuma imagem, nenhuma descrição, consegue mensurar esse lugar... eu tento porque sou gaiata e tô treinando a escrita... faça um favor a si mesmo um dia na sua vida: vá! :)

Saindo de Camaguey e depois de insistir um bocado, tentando provar para a mulher da agência de turismo que o seu translado para o hotel em Cayo Guilhermo estava incluso,  você finalmente consegue entrar no ônibus e ir em direção ao lugar que, obcecadamente, você quis conhecer: o paraíso do seu amigo Ernest Hemingway.

depois de algumas horas, a distância entre Camaguey e Cayo Guilhermo é aproximadamente  uns 200 km, você começa a notar que aquele ônibus japonês tem janelas estranhas SEM trava de segurança... sim, seu cérebro doente não ficou em Manaus... e isso te rendeu boas horas de angústia e alucinação nos possíveis acidentes... imersa nesses pensamentos tenebrosos... você é abruptamente surpreendido por um a estrada de mar!

Estrada que leva aos Cayos, maio de 2013

Gente, o que é isso? respire e acredite profundamente que você merece aquela estrada... nem pense no impacto ambiental que aquilo causou (e não foi pouco), e tenha ataques eufóricos com aquela água degradê... azul, verde, turquesa, sei lá! tente lembrar das descrições de Malinowski naquele arquipélago horroroso.

é muita lindeza nesse mundo!!!!
juro que não pensei nesse ônibus caindo nessas águas, com janelas "lacradas" ¬¬

Depois desse "aperitivo", você finalmente chega ao prato principal, aquele resort que vai te propocionar três dias de dondoca nas terras de Fidel... todas as refeições, OPEN BAR ALL DAY, lanchinhos infinitos, passeios, massagem (é paga, ódio!)... e aquela paisagem sem graça pra você se distrair.

Cayo Guilhermo, maio de 2013

a partir daí, você faz algumas reflexões e chega a algumas conclusões rápidas:

apesar de você só terminar de pagar o seu carro de terceira mão em agosto, viver com três reais de gasolina no tanque, ser bolsista do CNPq e ter escolhido ser antropóloga pra sustentar seus vícios e frescuras, hábitos de moça gata, macia, trabalhada em academia e estudiosa, você conclui que não precisa ser milionária para estar nesse lugar. um bom guia turístico nas mãos, amigas MARAVILHOSAS (Julia e Camila), fazer escolhas em BAIXA TEMPORADA e um pouquinho de coragem, te levarão bem longe.

Caminhando pelo hotel, percebi que no fundo tinha um muro azul, parecido com o do Selva Park... aquele balneário mara que você curtiu horrores quando era criança... e um restaurante de nome "o velho e o mar" com uma estátua na frente. O "muro" era aquele mar de cores estonteantes... e a estátua, era daquele escritor que te salvou várias vezes... desde o fatídico mês de outubro.

Meliá, maio de 2013

Deu pra entender um trisquinho o porque dele ter decidido morar por tantos anos nessa ilha incrível. É inacreditável a beleza e a sensação que esse lugar proporciona, chato que o seu parâmetro de paraíso vai ficar bem alto de agora em diante...





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