sábado, 2 de março de 2013

largo são sebastião e slawomir zbk czajkowski

antes da reforma do largo são sebastião, medo era um sentimento que te acompanhava   ao cair da noite, naquele pequeno espaço  em frente ao teatro amazonas. 



"flanelinhas", "cheira colas", "trombadinhas", "mendigos", "travecos", "putas", cachorros  e gatos sarnentos, pulguentos e famintos, "pobres", a "caixa baixa" pedinte e ambulante, "maloqueiros", "vagabundos" de forma geral... a escória da sociedade andava por ali, o que dificultava o passeio dominical da "família" amazonense nesses espaços marginais.  

se você nunca ouviu falar do processo de gentrificação ou gentrification, aí vai a dica: 


"Chama-se gentrificação, uma tradução literal do inglês "gentrification" que não consta nos dicionários de português, a um conjunto de processos de transformação do espaço urbano que, com ou sem intervenção governamental, busca o aburguesamento de áreas das grandes metrópoles que são tradicionalmente ocupadas pelos pobres, com a consequente expulsão dessas populações mais carentes, resultando na valorização imobiliária desses espaços" (wiki)

e assim, depois dessa reforma e limpeza social, ali se transformou num paraíso a céu aberto para velhinhos fofos e amados, intelectuais de meia tigela, religiosos, casais apaixonados, "crianças de verdade", turistas antenados (...) e poodles limpinhos.

pergunte-se bem rápido para não se sentir culpado: 
pra onde foi aquele lixo social? varridos pra debaixo de que tapete? 

lendo uma entrevista sobre o polonês slawomir zbk czajkowski, soube da existência de um projeto chamado "breakin´the wall", cujo objetivo era revitalizar um local alterando a imagem de um bairro de "ruim" para "boa", através de uma arte em forma de diálogo social. 

vale um clique nessa possibilidade:




"o humor não só é relaxante, mas também é uma ferramenta poderosa para o confronto das situações de desamparo do nosso mundo". Zbk. 




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