tem duas semanas que eu tive que reler alguns capítulos, que eu nem lembrava mais, do pensamento selvagem. é sempre difícil pegar nesses livros dos primeiros anos de graduação. A biblioteca dele ainda não estava recheada e nós vivíamos nos emprestando. Naqueles anos iniciais, Foucault e Lévi-Strauss eram seus favoritos. em contra partida, eu emprestava os seus de literatura, era impressionante a quantidade de livros que aquele recém vestibulando tinha.
é pra ti, de presente. foi a Nicia que pediu pra eu ler:
esse foi o primeiro. emprestei? não o encontrei por aqui. quem ler este blog, favor devolver.
Voltando ao pensamento selvagem... nas primeiras páginas, logo vejo um adesivo de algum amiguinho do pokemón... e um recado dizendo " *tentei ler ;) " nas seguintes, relativas ao capítulo um "a ciência do concreto", o puro rabisco.
vai ser pesado continuar a ler esse livro, será que tiro xerox e o evito? não.
- poxa, o meu livro tava novinho, porque tu riscou e colou esse adesivo? eu nem gosto desse desenho! bem que tu podia fazer caligrafia hein? eu não entendo nada!
o ofendi, feio!
pegou a borracha, muito puto, e apagou porcamente!
- TÁ RIDÍCULO ISSO AQUI, FICOU PIOR! completei delicadamente.
fiz as pazes enviando pelo correio, um caderninho de caligrafia, funcionou.
hoje, como castigo de cinco meses, eu tento adivinhar o que tá escrito naquele garrancho semi apagado na moldura do texto...
Lindo...
ResponderExcluirEmprestar livro é de uma generosidade absurda (é muito feio eu ainda me lamentar pelos que nunca voltaram?), mas emprestar as lembrancas...é embrulhar o coracao em um pacotinho e dar de presente.
ResponderExcluirNatasha, obrigada.
Já me disseram p/ eu me desapegar de livros...mas é difícil, ainda mais qdo existe uma história de como veio parar em nossas mãos.
ResponderExcluirum dia chego lá :/