sexta-feira, 15 de março de 2013

carregamento de bananas

Estava andando de bicicleta numa cidade do interior que agora não recordo o nome, eram ruas de paralelepípedos, com crianças, idosos, mulheres. arrisco dizer que não era manaus. 


tinha uns metrôs estranhos ou seriam linhas de ônibus subterrâneas? talvez, me perdi por ali.

cansada, encostei numa taberna e fiquei observado o movimento de chegada e saída de frutas e verduras naquelas carroças até o tucupi de manga, abacaxi, melancia... lembro dessas. vejo ao longe três amigas que conversavam entre si  e não perceberam que eu estava ali, encostada naquela porta alta, bonita e suja. não quis ser notada e continuei no meu marasmo. 

imersa na minha bobeira, o avistei! carregando uma carroça cheia de bananas. meio contrariado, sob as ordens de um velhinho de cabeça branca dizendo pra ele o que fazer. ele percebeu que eu o vi e deu um sorrisinho de canto, continuou a empurrar o carregamento de pacovã. 

não são pacovãns, mas serve como exemplo


pirei. achei que se desviasse o olhar ele desapareceria, sem piscar, saí correndo alucinada em direção aquele menino de camisa adji azul clarinho, até chegar pertinho e perceber pela primeira vez, um olhar marejado/emocionado de "também sinto sua falta".

acordei.


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