Minha primeira orientadora foi a minha mãe.
No início da faculdade nós rompemos por incompatibilidade de comportamento, pensamento. Nos distanciamos e desde então tenho procurado por ela por onde quer que eu vá.
A primeira vez que busquei ajuda terapêutica foi devido a confusão de papéis que eu fiz entre a minha orientadora e a minha mãe. Ela me pediu para lavar a louça, digo, o relatório parcial da minha primeira iniciação científica. Eu fiz uma nota mental para as duas: não.
Um problema grave, eu tinha bolsa CNPq, precisava resolver esse problema que poderia se tornar crime.
Ao final, ela disse: você nunca será amada, nunca vai se casar, digo, você nunca irá se tornar uma pesquisadora.
Hoje, em 2021, lendo e ouvindo Débora Diniz, me vejo novamente buscando uma mãe.
"Se fortalecer para fazer o que você quiser. Mostrar a escrita, a metodologia. Um pequena subversão para importância das mulheres na ciência e na pesquisa."
Só eu?
Socorro.
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