segunda-feira, 7 de junho de 2021

Orientadoras

Minha primeira orientadora foi a minha mãe.

No início da faculdade nós rompemos por incompatibilidade de comportamento, pensamento. Nos distanciamos e desde então tenho procurado por ela por onde quer que eu vá. 

A primeira vez que busquei ajuda terapêutica foi devido a confusão de papéis que eu fiz entre a minha orientadora e a minha mãe. Ela me pediu para lavar a louça, digo, o relatório parcial da minha primeira iniciação científica. Eu fiz uma nota mental para as duas: não. 

Um problema grave, eu tinha bolsa CNPq, precisava resolver esse problema que poderia se tornar crime. 

Ao final, ela disse: você nunca será amada, nunca vai se casar, digo, você nunca irá se tornar uma pesquisadora. 

Hoje, em 2021, lendo e ouvindo Débora Diniz, me vejo novamente buscando uma mãe. 

"Se fortalecer para fazer o que você quiser. Mostrar a escrita, a metodologia. Um pequena subversão para importância das mulheres na ciência e na pesquisa."

Só eu?

Socorro.


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