quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

comedores de rãs e algumas mortes

1. O Estado de São Paulo: "12 morrem em ataque a jornal francês e milhares vão às ruas".

2. Um livro bom e já citado por este blog: "Pelo menos 60 mil (SESSENTA MIL) pessoas morreram entre os muros do HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DE BARBACENA, cerca de 70% não tinha diagnóstico de doença mental", ninguém vai as ruas.

Cotidiano: "Filho de Dona Nice, quebradeira de coco no Maranhão, é decapitado. Não houve investigação", ninguém vai as ruas. 

Cotidiano: "Massacre de QUARENTA E TRÊS estudantes no México, corpos queimaram por 24 horas até serem jogados em um rio", alguns foram as ruas e este atentado ficará na nota de rodapé de algum artigo de alguém com escrita mais atenciosa. SÓ. 

Cotidiano: "Comissão Nacional da Verdade afirma que 8,3 mil indígenas foram mortos na ditadura militar", ninguém vai as ruas. 


Antes de qualquer frase escrita neste texto a partir de agora, gostaria de deixar claro que nenhuma morte justifica a outra, mas alguns critérios utilizados pela mídia (porca, imunda, burra) devem ser analisados com atenção para que não façamos parte de um coro doente e tão letal quanto qualquer instrumento (ideológico ou não) que matou os citados acima. 

Li algo interessante escrito por um amigo de longa data:

"O que esperar de um dos países mais preconceituosos e xenofóbicos da Europa? Aí o mundo Ocidental, "livre" e correto se sente atacado pelos homens maus do Oriente Muçulmano." (RODRIGUES, Clayton. 2015)

Em tempos de Kátia Abreu no Ministério Dilma coração valente, onde está a direita? a esquerda? a extrema esquerda? a extrema direita? a crítica? a crítica da crítica? as classificações perderam o sentido não só no Brasil, viraram rótulos de geleia. sem exagero.



O inferno serão sempre os outros, os bárbaros também. 



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